Escuridão




Acordei molhado de suor, com meus lençóis bagunçados pela cama, minha respiração estava forte e rápida, meu coração, a mil por hora. Devo ter tido um pesadelo, pensei comigo mesmo, mas, ao acordar, percebi que algo estava errado, estava com uma incomoda sensação, como se...Eu não estivesse sozinho no meu quarto, como se houvesse... alguém me observando...

-Bobagem! - pensei comigo mesmo, me dando uma bronca pelo pensamento estúpido e infantil.

Olhei para os lados, nada alem de uma incomoda escuridão que revelava apenas o contorno do meu armário, de minha escrivaninha, repleta de papéis e de deveres de casa, de minha porta, cuja havia uma pequena fresta aberta, revelando um pequena claridade vinda do corredor e de minhas roupas, que estavam jogadas perto da porta, empilhadas de um jeito perturbador.

Olhei para o relógio na escrivaninha.

3:12 da manhã, já estava cansado de ouvir que acordar ás três da manhã não era bom presságio, olhei para os lado novamente, nada fora do normal, além da estranha escuridão, que parecia ter se tornado mais intensa desde que eu acordei.

Me virei e tentei voltar a dormir, sem sucesso, resolvi ir tomar um copo de água, me sentei na cama e esfreguei meus olhos, para tentar ver além da escuridão que cegava meus olhos, mas acabou não adiantando muito, fui tateando pela parede até encontrar a saída do meu quarto. Ao encontrá-la, abri a porta e fui em direção a cozinha, que estava um tanto mais clara. Bebi dois copos d'água e voltei para o meu quarto, abri a porta, e quando olhei para o lado do meu armário, vi que as minhas roupas que estavam jogadas, estavam ali penduradas.



Apesar de achar esquisito, ignorei esse estranho fato e fui em direção a minha cama

-PAFT

Tropecei em algo duro e cai de cara no chão, senti o liquido quente e espesso escorrer pelo meu pelo meu nariz. Limpei o sangue com a manga do meu pijama, e olhei o chão para ver no que eu havia tropeçado. Nada, não conseguia ver nada, a escuridão era tanta que a partir desse momento, não conseguia enxergar a um palmo de distância do rosto. Havia algo estranho ali, sem dúvida alguma, tateei a parede em busca do interruptor. Quando encontrei-o, apertei ele, já preparando meus olhos para a luz que viria a seguir.

Eu não deveria ter ligado a luz.

Um vulto enorme se ergueu do piso.

Aquilo que eu vi no chão do meu quarto quando eu acordei.

Não eram roupas.

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