Creepypasta: Pareidolia

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Sabe quando você olha para a tomada de sua casa e acaba "vendo um rosto". Então, esse é o efeito pareidolia, um fenômeno psicológico que envolve um estímulo vago aleatório, geralmente uma imagem ou som, sendo percebido como algo distinto e com significado. Mas... naquele dia... não sei se foi esse fenômeno chamado pareidolia que me ocorreu...


Estava chegando do trabalho cansado, e a única coisa em que eu pensava, era em dormir para acordar cedo e voltar ao ciclo de trabalho novamente. Já era 23:00 da noite quando eu caminhava em direção em minha casa.
Cheguei em casa, tomei um banho e fui direto pra cama e esperei o sono vir. Normalmente quando vou dormir, o sono vem rápido, mas não sei o que aconteceu nesse dia que o sono não vinha. Então levantei e fui até a cozinha beber água. Terminei de beber água e voltei para o quarto, peguei o meu celular e fiquei mexendo até o sono "bater".
Quando finalmente comecei a pegar no sono, escuto um barulho vindo da cozinha, parecia um sussurro bem baixinho. Na hora eu pensei que fosse os ratos tentando rasgar o saco da lixeira que tava pendurado lá fora. Então eu tentei dormir novamente.
São 02:50 da manhã quando novamente eu escuto o barulho, dessa vez, vindo da sala. Na hora eu achei que os ratos estivessem na sala, mas o som estava um pouco mais alto e não parecia barulho de ratos, eu diria até que parecia gemidos. Então comecei a me levantar da cama, estava com a vista um pouco embaçada e sem querer olhei para a parede do meu quarto, perto da porta. Tentado ver o que era, vi uma coisa que parecia ser um rosto entre a porta aberta do quarto. Não sou muito de acreditar nessas coisa sobrenaturais e tal... mas confesso que dei uma "gelada", pois poderia ser alguém invadindo a minha casa, ou não. Nunca se sabe, né.
Olhei atentamente para aquele canto escuro onde estava o rosto, tentando ver o "tal rosto", mas estava muito escuro para saber se realmente era um rosto. Levantei lentamento da minha cama e fui caminhando até aquele canto escuro, quando de repente escuto um grito, que dessa vez, se encontrava no meu quarto. Na hora, eu fiquei paralisado, não sabia o que fazer e a única reação que eu tive, foi fechar os olhos e ficar ali em pé parado, esperando o que fosse que tivesse gritado, fosse embora. Devo ter ficado uns dois minutos ali parado, não sei.
Os poucos o grito foi diminuindo, até que ele some de vez. O quarto fica em um total silêncio, ficando só eu ali em pé parado e meus pensamentos, quando eu sinto dessa vez um sopro em meu ouvido. Confesso que gritei e voltei correndo pra minha cama. Não sei como eu consegui me mexer... talvez tenha sido por puro reflexo, não sei. Quando eu tava me cobrindo com o cobertor, por um momento, vi aquele rosto no canto de meus olhos. Parecia que aquela coisa não tinha corpo, parecia mais com uma cabeça flutuando no ar.
Então eu fechei os olhos e me cobri por completo com o cobertor. Fiquei ali deitado, sem me mexer, na esperança de que eu estivesse dormindo e que fosse só um sonho.
Ficando ali sem me mexer por um bom tempo, comecei a pegar no sono. Pois é... parece que eu não estava dormindo e que realmente não era um sonho. Aquela coisa realmente estava no meu quarto. E aquele grito... aquele maldito grito...
São 12:14 quando o despertador toca. Lembrando sobre o que tinha acontecido na madrugada, me levantei já atendo pra sair correndo. Olhei para o canto da porta pra ver se aquela coisa estava ali ainda, mas não tinha nada. Estava completamente vazio. Então nesse dia eu resolvi faltar o trabalho, acho que já seria demitido mesmo, pois já estavam começando demitir umas pessoas e eu sei que serei demitido também, falto muito o trabalho.
Escuto o celular tocar no meu quarto. Eu estava tão assustado que nem lembrei que tinha deixado o celular em baixo do meu travesseiro.
Olhei pra ver quem estava me ligando e era o Marcos.
- Marcos: Coé viado, vai trampar hoje não?
- Ramom: Vou não, cara. Acho que vou ser demitido mesmo, então...
- Marcos: Coé, então bora praia. O Gustavo vai levar umas amigas, tlgd?
- Ramon: Não sei não. Tô tendo um péssimo dia, mano. Deixa pra próxima, valeu?
- Marcos: Jáe então, menó. Tamo junto.

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